Lembro de acender a luz, que ainda não sei como vou pagar a conta

Divido. Diluo. Dívidas diárias... Em poesia

Louco. 

Lírico.

Com esse poema eu escaparia da fome?

Acho que poetizando vai se vencendo cada página desse sangrento livro de injustiças e opressões

Não consigo achar metáforas para a crueldade per capita do capitalismo, 

que interrompe sonhos atravessados pelo tempo do capital.

(RE)volto a entender e sentir a (RE)volta daqueles que tem(os) por herança a inascensão.

Na caneta louca dessa lira legitimo a minha, a NOSSA 

(RE)(VIRA)(VOLTA) nos privilégios dos privilegiados!
               
                (RE)                                
                                     (VIRA)                  
(RE)             
                (VOLTA)

Como queira(mos)!

Afrontar os problemas e (re)vida(r) - dar vida de novo! 


Além de Deus Olorum, haveria de ter fé em um panteão inteiro de Orixás, sentidos nos (e)ternos 

abraços das entidades, com cheiro de cravo, alfazema e capim-limão! Não caminhamos sós! 


Nos muros da UnB, uma coincidência ou uma lembrança?
Carregamos a força de tantos ancestrais.

Fé, Memória, Resiliência e a capacidade de adubar flores com sangue e transformar pedras em sementes - seria o segredo da esperança? Por que vivemos?



As pedras que nos atiraram são as sementes que plantamos,

transformamos sangue, suor e lágrimas em flores lindas,

Consigo sentir o cheiro de um jardim inteiro! E você?

Meninas e meninos pretxs do Brasil, Flores.

Os herdeiros dos reinos das Áfricas todas, Flores.

Congo, Benin, Guiné, Angola, Nigéria, Flores.

Eu, você, nós, Flores.

Há flor no caminho.

Afrô no caminho.

Por: VHfro <3