sexta-feira, 27 de maio de 2016

(Você pode ler ouvindo Let Her Go )

Teu cheiro ficou aqui, sabe? Como se estivesse impregnado nos travesseiros, na minha camisa do avengers que você insiste em querer usar porque acha mais confortável que aquelas camisolas de renda que comprou pra me agradar. E você fica linda com qualquer coisa, seja com minhas camisetas velhas ou com suas lingeries sensuais. Como eu sempre digo, qualquer pedaço de tecido que você usar vai modelar teu corpo de forma que fique um contorno perfeito a essa tua pele branca-rosada-pálida. Você tem essa beleza toda especial. E eu sinto muito, sinto tanto por não poder, nem sequer admirá-la de longe mais. Porque você foi embora. Mas teu cheiro está aqui. Assim como os livros que você esqueceu entre os meus, os pares de meia e as anotações que fez em todos os meus livros. E agora, até estudar pra concurso é uma tortura. Quando chego em uma página que você - escolheu aleatóriamente - pra escrever suas juras de amor e frases de motivação. Como você era especial! Eu pensava ao ler aquelas letrinhas tortas e tão desregulares. Tão especial e tão linda. E eu te perdi. Porque eu não soube observar todos esses teus detalhes. A forma como você me deu amor em meio ao teu caos. Da tua forma desajeitada de amar. Mas amou. Queria eu ter visto isso enquanto você ainda estava aqui. Queria eu ter nos sonhado como você sonhou. A minha negligência acabou com esses sonhos, não é mesmo? Eu poderia ter tentado ouvi-la ao menos. Mas não tentei. Deveria ter ido te buscar quando você saiu chorando e o ônibus quebrou. Você me ligou e eu disse que era tarde demais. Sinto muito por não ter ido. Sinto muito por não cuidar de você como você merecia e pelas inúmeras vezes em que te troquei por uma viagem ou pelo futebol de um time que eu nem torcia. Eu nem gosto de futebol. Mas gostava de você. E gosto. Era só ter te colocado como prioridade. Mas que tolo eu fui. E todas as vezes em que tentei entender porque você não voltou coloquei a culpa na tua falta de amor, no teu espírito de aventureira que não consegue permanecer muito tempo ao lado de um cara comum como eu. Mas na verdade, quem é o culpado? Sou eu , não é? Quantos sinais você me deu. Quantas oportunidades de te-la em meus braços perdi. E tudo por um simples e idiota orgulho. Por esses jogos de sedução dessa juventude sem amor. E agora teu cheiro está aqui. No meu travesseiro, na camiseta que não lavei e, principalmente, no meu coração. Sinto muito o seu cheiro o tempo todo.



Posted on 08:43:00 by Luiza

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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Cresci ouvindo o que a maioria ouviu.
Eu não podia, eu não cabia e com a minha cor não combinava 
E tudo que eu mais queria, 
Era caro ou acabava. 

Meu cabelo era falso liso 
As maquiagens clareavam a minha pele 
manchavam minha cor , meu sorriso.

Eu vi mulher preta morrer na favela e
os sonhos partirem com ela 

Como ela, milhares.
milhares de mulheres pretas
brancas, coloridas
mulheres da luta, maioria 
Passaram a vida sozinha 
cresceram sem massagem 
Ouviram tanta sacanagem 

não foram amadas como deveria
não foram amparadas como poderia.

Mulheres que tiveram filhos aos 17
Como a minha mãe. 
Como eu quase tive

Mulheres que não tiveram oportunidade
E apesar da idade 
São mulheres
Filhas da luta 
Todos os dias
Mulheres de verdade, poesia.


Posted on 20:08:00 by Suzana de Jah

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Rasga esse véu
Que me cobre a alma

Esse pano todo
que me cobre o corpo

Vem espantar o frio
Me dá essa calma
Vem brincar na cama...

 todo dia o mundo acaba,
vai perdendo a cor,
 sai dessa tevê
 Vem ser mais amor.

Suzana Kjärtan.

Posted on 19:49:00 by Suzana de Jah

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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Raquel Duarte - Luz Natural
Pode ser ao som de Zeca Baleiro se quiser.
Pode ser ao toque do blues exotérico se incendiar.
Pode falar que não quer amor
que quer estabilidade financeira
que só pensa em se formar
que eu me formo nos moldes do teu corpo
que eu encaro o abismo que é te encarar despida
dos pudores da vida
diante das lentes dos meus olhos
e do diafragma ao fechá-los e te gravar
na memória da câmera do meu ser.

Maluco Sonhador
Sheyden Souza.

Posted on 23:40:00 by Unknown

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Estamos em 2016 e ainda precisamos defender obviedades.

Com uma certa popularização da internet e por meio de algumas políticas públicas que possibilitaram o ingresso de alunas periféricas nas universidades, o feminismo se expandiu. Nunca antes na história do movimento, foi falado tanto dele.

Desde crianças até a Academia o assunto é debatido e mais, militado. Especialmente quando o assunto é violência contra a mulher.
Aliás, é exatamente essa reflexão que esse texto propõe fazer.
Com o auge da militância é esperado que o patriarcado (sistema social que fomenta o machismo) se organize em resposta. A mais comum é a tentativa de silenciamento das mulheres. 
Um homem pode silenciar uma mulher de diversas formas: impondo - por uso da violência física, verbal ou psíquica, intimidando, constrangendo em público ou até a humilhando, ou simplesmente manipulando. A velha história do “amor, mas tá frio, porque você não põe uma calça?”. 
Tem opressor para todos os gostos: macho que quer dar pitaco na nossa luta, macho que quer confete por defender direitos humanos, macho que é escroto mesmo, escancarado.
Engana-se quem acha que só machistas assumidos fazem isso, ao contrário, tem muito macho que paga de desconstruído, de politizado e que a dois manipula, agride e silencia mulheres. Na minha opinião, são os piores. Quando você se depara com um machista assumido, a aversão aos seus ideais (e, consequentemente a ele que os defende com veemência) é instantânea. Mas, quando você se depara com aquele macho que defende aquele discurso desconstruído e libertário que tanto buscamos para o mundo, a tendência é se aproximar e criar, dessa vez, uma empatia instantânea pela pessoa. Esse é o esquema deles. A sedução associada a manipulação e que só pode resultar em violência contra a mulher e silenciamento da vítima, uma vez que como ele tem esse ar de “diferente” poucas pessoas acreditariam nos relatos femininos. Muitas das vezes nós mesmas demoramos a acreditar. 
Por mais difícil que seja, cabe a nós resistirmos. Mais até, nos organizarmos para que possamos defender - e alertar - umas as outras.
O maior exemplo de que essa é uma das principais armas contra o feminismo atualmente é a composição dos ministérios do atual governo - golpista - de Temer. Nenhuma mulher ocupou alguma cadeira. Nenhuma. Aliás, mulher negra então …
Já disse antes e repito: quando o machismo se manifesta, ele deve ser silenciado. E não nós. Não mais.
Tem cara que fecha com a gente, respeita a nossa luta, tem empatia por ela e até milita pró-feminismo dentre outros homens? Claro que tem. Mas também tem - muito - macho opressor - declarado ou pagando de libertário - que quer se dar bem em cima da violência contra a mulher e deixá-la bem quietinha.
Se você for um desses que se enquadra no segundo grupo, um aviso: Nós não temos medo de você e um dia a luta vai embater todo o seu machismo (quanto aos que iludem as meninas com o seu discursinho, saiba que estamos de olho). 
Pra vocês, o meu mais sincero: Raxa macho.


Milla Carolina.

Posted on 14:31:00 by Unknown

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segunda-feira, 16 de maio de 2016


(Você pode ler esse texto ouvindo Half of my heart)

Não me ame porque eu nunca vou acreditar. Não é por mal ou falta de fé, mas é que eu não consigo confiar nesse amor repentino, amor a primeira ou décima vista, que seja. Amor tem que ser dia a dia. Depois do meu mau humor matinal, porque acabou o café e não sei fazer suco. Ou quando o dia foi ruim, o salto quebrou e aquela enxaqueca não passa. Quando presenciar um ataque de pânico noturno e um ataque de ansiedade em que não sei o que está acontecendo, quero fugir, e choro. Quando você olhar pro lado vazio da sua cama e ter que escolher entre se esparramar nela, ou me buscar, porque quer dormir comigo essa noite, todas as noites. Quando sentir medo, tiver duvidas cotidianas sobre largar o emprego e tentar algo novo, casar ou comprar uma bicicleta? Quando essas dúvidas surgirem e a sua vontade for somente me ligar pra conversar e ouvir a minha opinião, ou mesmo me pedir pra te acompanhar, mesmo sabendo que caio todas as vezes em que subo em uma bicicleta. Que não sei nadar e vou ficar apavorada quando você quiser que eu entre na beirinha do mar com você. Mas terá paciência e, provavelmente, até vai achar bonitinho esse jeito de menina-boba-medrosa. Quando, depois de muita convivência, tpm's, problemas na vida e algumas oportunidades de perdoar, você ainda quiser me amar. Talvez, após isso e mais um pouco, eu acredite. Mas, não me ame, por favor.
Não me ame porque eu quero muito te amar. E quando eu amo é impossível, eu sinto muito e odeio sentir tudo isso e não saber explicar. Já faz um tempo que não sinto esse emaranhado de borboletas flutuando no estômago, e, confesso, que cheguei a acreditar que nunca sentiria de novo. Coisa de adolescente isso. E se não for? Me pergunto todos os dias enquanto passo os olhos em uma fotografia tua printada na galeria de fotos do celular. Sim, eu te printei. Isso faz de mim uma doida varrida ou apenas uma menina apaixonada? Não sei se ainda sei sentir. Não sei quando devo ser comedida, não sei me polir, ou dar pouco de mim. Se te quero, quero muito, quero agora, quero sempre.
Então, não...



Não me diga que eu posso ser a mulher certa pra você, porque eu não sei nem ser mulher direito. Imagine a certa?! Mas gostaria ... Ser a sua mulher, certa ou errada, perfeita ou não. Somente ser sua. Após matar vários leões e ser a mulher independente e confiante durante o dia, saber que terei o meu homem protetor, com aquele colo e abraço pra me cuidar durante a noite, madrugada, manhã inteira. Seja la qual for o momento. Só te quero cuidando de mim. Meio machista? Tanto faz. Mas sabe aquela vontade de ser a mulherzinha perfeita que eu nunca quis ser? Quero isso quando penso em você. Até arrisco dizer que já tenho me tornado ela sem perceber e devo isso a você. 
E por isso, não me olhe com esse olhar de quem sabe o que quer, e o que quer sou eu, enquanto me beija com toda a ternura e tesão de um beijo apaixonado, porque assim eu não vou querer parar. E os beijos vão se transformar em carícias e as carícias em corpos entrelaçados na maciez de uma cama. Ah, como é bom quando acabamos assim, tão sós!
Não me ame, por favor...
Eu posso não resistir. Ou resistir demais. Não sei. Só não me ame enquanto é tempo.
Porque se me amar vai ser tão bom como quando envolve meu corpo com teus braços após fazer amor ou aquele sexo selvagem, nunca sei definir quando estamos fazendo um ou outro. Pra mim sempre é um pouco dos dois, ou muito dos dois.
Não me ame, pois se me amar vai ser bom e vai ser amor. Não de contos de fada, não não, mas sim amor da vida real, com todos os nossos defeitos em sintonia, com todo nosso amor e querer ser nós em harmônia. Então, pense muito ou não pense nada.
Mas, por favor, não me ame.
Ou, apenas, me ame demais!


Posted on 21:13:00 by Luiza

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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Autorretrato: Sheyden Souza
Saí a dançar, sem saber de passos e técnicas. Dancei com prazer, sem muito equilíbrio, sem pensar no futuro. Só dancei. Fiz muitas vezes daquela solidão minha parceira. E dancei. No compasso de passos errados. A vida é errada ou certa? Depende dos passos dados na dança? Fui sensual e aticei olhares e vontades. Senti as mãos e as bocas de outras vidas. Vidas singulares. Poesias escritas para serem eternas. Cada uma a seu modo. Quente, morna, fria. Louca, insana, pragmática. Cada uma com rima ou sem rima. Paciência ou inquietude. Mas o desejo, aquele de acordar ao lado. Sobra só a uma. Dancei com ela sozinho. Minha 'solitude'. Meu momento insone. Disseram que ela disse que de mim gosta como sempre, mas que me faz mal. Lembrei da música que diz: porque amar alguém, às vezes, faz tão mal?! Apago outro cigarro esmagando-o no chão da loucura, entorno outra sangria barata. Acordo de cara inchada e sabor cruel de fel na boca. Talvez tenha a visto passar na rodoviária ali na fila da universidade e tenha fugido ao me ver. Caralho, que merda a gente fez? Eu vou indo, mas não me desprendo do que sinto. Tento o ódio e teu sorriso me vem. Tento a raiva e tua voz me socorre. Tento navegar em outros mares e infelizmente não são agitados, calmos e enfurecidos. São mares de sal como os outros, não são mares que o tempero seja de amor, paixão e loucura. Que coisa louca eu fiz, e você me fez? Será isso tudo uma verdade ou a merda de uma ilusão que as pessoas se apegam pra viver?! Religião ou ideologia? Eu sou o ponto da duvida, acredito que deva ser a religião do amor com ideologia do teu corpo incandescido ao fim de alguma trama. A real é que, desejo silenciados duram mais que o período curto que temos de vida. Algumas coisas nunca morrem. Meus escritos e esse tal sentimento. Vou dançando loucamente colado em outros corpos. Procurando sempre o teu semblante, teu cheiro, tua voz. Sabendo que nada, nada será igual a ti além de ti mesmo. Na verdade, desisti da bebida e dos cigarros de festa. Não dá pra matar isso assim. Um dia vai voltar a ser tão forte que só caçando como os lobos e saciando a fome ferozmente com sangue na boca, que pode acabar. Até lá. As noites são dias e os dias são para quem não dorme a noite. Só posso dançar. Eu vou seguir dançando sem saber muito, sem praticar, só indo. A favor do som. Sorrir faz parte dessa dança. É o que aprendi treinando.

Posted on 05:18:00 by Unknown

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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Autorretrato: Sheyden Souza
Confesse, que andou por aí e lembrou do meus escritos e sentiu calor. Confesse, que sorriu sozinha ao se tocar lembrando do teu poema. Confesse, que teu gozo perfumou o ar. Confesse hoje, agora que quer se saciar na minha pele em meios aos meu pelos. Ontem mesmo se sentiu sozinha, acanhada e pensou em minha boca invadindo teu recinto e alucinando tua líbido. Deixa tua boca encher da água do desejo e aproveite a viagem no meu corpo colado com o teu. Experimenta o gosto do meu corpo e queira mais. Deixa, eu sei que quer, deixa tua boca marcada de batom nesse corpo. Fale com a voz ofegante que me deseja. Na tua cama me jogue e me tire a roupa. Na tua boca prenda. Na tuas pernas me sufoque e me arranque os cabelos. Levanta a bunda e peça que a lamba todinha. Goze na minha boca. Mas não antes de confessar. que quer desde o principio. Esse precipício eu sei desde lá do teu primeiro olhar.  Eu sei que o que mais quer é me degustar. Provar. Sacanear em fronhas, talvez gramas. Eu sei, sempre soube. Tua boca que dizia outras coisas, outros nomes. Mas, só não dizia que meu toque te arrepiava. Milímetro por milímetro. É só dizer que eu digo que quero. Mais que tudo provar tua libido. Quero entre a minha boca e os teus lábios, seu clitóris excitado. Quero tua mão, nuca, peito. Quero teu suor misturado com o meu. E se essa implicação toda evolui e se transforma em provocação, eu te provoco com os dedos. E tudo faz é alucinar com tua bunda em dança. Depois de tudo eu quero ficar, mas não prometo permanecer. Sou apaixonado no teu corpo e não teu ser. Talvez, me apaixone também. Mas, confessa.

Maluco Sonhador.
Sheyden Souza.

Posted on 19:52:00 by Unknown

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Auto-retrato: Sheyden Souza (do que sou?)

E se além dos meus cabelos e da minha barba estarem bagunçados, não só a minha vida. Mas o mundo estar totalmente complicado e bagunçado e errado? E, se, eu não me bagunçasse para restaurar em mim essa essência ancestral? Estar conectado com os ideias loucos é estar louco? Ou todo o resto é louco e eu somente o são? "Tudo está ao contrário e ninguém reparou" já dizia a música. Será que, nesse meio tempo de vida, eu fui capaz de perceber que tudo está ao contrário? Só tenho certeza que a música da vida não pode se apagar, não posso deixar de tocar o disco da vida em minha vida. Cada ser tem a sua música. Ainda toco todas pra perceber qual é realmente a minha. Mesmo sem saber eu não paro nunca de tocá-la. Insisto nos sons que fazem a batida do peito ser mais alta. Insisto nessa essência da minha música. Apenas sinto. E o mundo vai redirecionando. Lentamente a ponto não ver o avanço, mas vai. À sua medida. À sua velocidade. À sua música.

Maluco Sonhador.
Sheyden Souza.

Posted on 04:20:00 by Unknown

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terça-feira, 10 de maio de 2016

Sendo minha, somente minha.
expondo aquela verdade, sempre minha.
Não tenho medo da exposição,
falação e muito menos interrogação.

Sei o que sou e como sou,
não desejo ser de ninguém,
sei que posso ir além.
Não preciso de ninguém.

Quando pequena, me ensinaram,
lavar, passar e cozinhar,
me falaram que marido eu tinha que agradar,
algo para mim estava fora do lugar.

Posso estar onde eu quiser,
fazer aquilo que eu quiser,
não devo me submeter
só porque eu sou mulher.

Ocuparei a cidade,
falarei todas as verdades,
vomitarei aquilo que me incomoda,
mulher não deve ficar parada feito uma porta.

Ser bela, recatada e do lar,
dispenso esse rotulo,
Eu sou bela, livre e de onde eu quiser
e na hora que eu puder.

Não me rotule e nem me obrigue,
vou te fazer entender que eu sou livre,
livre dessas obrigações e de sermões.
Eu vou para onde eu quiser.

E se você continuar apontando esse dedo
e me rotulando,
escutará aquilo que você não quer.


Posted on 22:54:00 by Andressa Leal

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quinta-feira, 5 de maio de 2016



Ela sempre foi o meu porto seguro, mas 
esqueci disso com o passar dos anos. Engraçado como vamos amadurecendo e as vezes em que sentimos necessidade de está ao lado daquela pessoas, nem que seja por algumas horinhas, mesmo que sem nada a dizer, vai se perdendo no meio de tanto trabalho, horários, pontos de ônibus lotados e relacionamentos pesados. E acabamos por esquecer o quanto àquela presença já fez nossa vida mais amena, o quanto de nós permanece no outro. E eu me deixei esquecer durante um tempo o tanto de mim que ficou com ela, o tanto dela que eu sempre carreguei dentro do peito, na alma. E a paz que é a presença dela, o quanto fazemos bem uma a outra. Mas, então, pegamos o tempo e fizemos dele nosso outra vez, por algumas horas, eu sei, mas foram horas em que toda aquela energia e toda a esperança, de uma adolescência a muito esquecida, retornou ao nosso peito. E, somente, nesse momento podemos enxergar a vida como queremos, como ela devia ser.
Ela me trás a paz quando eu perco em mim, ela me dá vontade de sorrir, mesmo quando não sei o que tá acontecendo, tô sentindo aqui dentro. É a primavera nos meus dias de inverno. A inspiração pra poesia e pra vida.
Ela é o amor da minha vida, porque o amor da minha vida não precisa ser do sexo oposto, não precisa ser um amor romântico nem muito menos apaixonado. O amor da minha vida só precisa ter um sorriso bobo com jeito de criança, uma alma leve e ser apenas o que ela é pra mim - companhia quando preciso, apoio quando mereço e compreensão quando não mereço. E ela é, tudo isso e muito mais. Ela é o amor da minha vida. A minha melhor amiga e digo isso com toda a propriedade da palavra.


P.s Texto feito para a menina mais linda desse mundo.
Pâmela Barcelos, obrigada por existir e compartilhar a vida ao meu lado.

Luíza Moura

Posted on 07:41:00 by Luiza

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