(procure na playlist, Skank - Esquecimento, e tenha uma ótima leitura)

Por mim, o tempo, esse que faz ali fora. Pode continuar assim, esse tempo sempre trás nuvens carregadas de inspiração. O café quente e o tempo frio fazem borbulhar mil lembranças na mente. Que esse tempo, jamais me acompanhe de um branco poético ou de uma súbita vontade de não escrever. Coisas que acontecem com quem escreve. Só quero que não termine tão cedo esse clima bom. Quero me desmanchar pensando em ti. Nos teus olhos castanhos, nos teus cachos negros e no teu sorriso. Afinal, que dia vens minha bela? Em qual estação estamos mesmo estando no mesmo país? Você inverno e eu verão. Quero esse teu inverno visse?! E essa mata que lhe cerca, gostaria de ali me esconder contigo e fazer... Poesia. Com a boca, com os dedos e nossos corpos molhados.

Nesse dia de pouca luz provocar meu tesão em ti. Ah, como eu queria agora! Queria te realizar às vontades mais loucas, e até ficar de conchinha abraçadinhos debaixo do cobertor. Te acariciar o corpo de forma que te toque a alma, e te mostre que a vida é mesmo além do que se vê. Quero, minha flor amazônica, ser tão intenso quanto o teu olhar. Entender o que fala quando está por cima de mim, pra depois em qualquer conversa saber do que se trata o que diz ou que disse. Poder ligar os pontos. Quero teu corpo como esse chá que bebo agora, quente. Sentir com a língua cada nuance da tua pele e de teus lábios. Quero em teus seios fazer morada. Quero intensamente ser dois em um contigo. Tu me povoa o pensamento a cada instante. E a cada gota dessas chuvinhas que caem aleatoriamente distorcendo o tempo entre dia e noite, e o cheiro da terra molhada que sobe ao ser tocada pelas gotas me lembram teu cheiro e a sensação de tesão e calmaria que ele me trouxe. Quero teu cheiro de novo. Por que por mais que eu me lembre de quase tudo, teu cheiro já não é mais tão constante. E, eu não quero te esquecer assim, gradativamente. É como te perder lentamente pro tempo e te ver ir indo, sumindo na neblina. É como tentar lembrar de uma poesia que escrevi há exatos três anos, não me recordo. Regresse agora. Que eu lhe cuido inteira. Lhe faço um poema, um café ou chocolate quente e posso fazer algo mais quente. Depende do teu gosto e desejo. Eu não sei, mas acho que a nossa cama teria lençol bagunçado.