De vez em quando eu me deparo com essas tantas interrogações. Perguntas que puxam outras e sempre voltam para os porquê's. De fato eu não sei, eu não sei! Eu senti. A senti dentro de mim de uma forma que inexplicável. Ela parecia invadir tudo aqui dentro, ela se criou no meu peito e refez minha concepção sobre esse tal amor, de forma admirável. Uma vez me falaram que amor é como uma borboleta que pousa e fica. É mesmo, se correr ela assusta e foge. Mas eu era jardim seco, daqueles que todo mundo pisa, eu era uma flor sem vida dessas que arrancam as pétalas e deixam lá.
Fria, desacreditada, com medo da vida e das controvérsias dos homens. Me dizendo tantas vezes que não deveria ser dessa raça. E ela passou por aí voando como essas tantas feministas adeptas ao amor livre, que em cada jardim pousa numa flor. E tantas tão mais belas! Pensava eu. Ela juntou as pétalas caídas, adubou a terra, cuidou da flor. Me levou pra casa, me deu abrigo em seus braços. Eu fugi muitas vezes, por medo. Eu não aprendi a levar essas relações abertas, sempre sonhei em viver oque vem depois de uma noite, do café da manhã. Mas ela me queria de todo jeito, insistentemente. Mas porquê?
Eu nem sei, quando me vi já queria ela todos os dias, tudo muito recíproco. O beijo dela, o abraço, o sorriso,o desejo (único). Oque é isso? Esses sonhos, de andar na rua de mão dadas com ela, de tudo encaixar ela. Essa vida com cheiro de esperança, esses calafrios. Essa vontade louca de me entregar.
A agonia, o medo, insegurança. Foi embora! Porquê? Por causa dela, porque ela é próprio (afro) amor. E eu não sei explicar amor. Sei senti-lo.


Prethaís